O cerco

Agora foi a Kraken a ser processada, mas está a ser constante a perseguição da SEC às exchanges.

A Bittrex foi outra vítima da perseguição, vai abandonar os EUA. Já foram várias a fazer o mesmo, geralmente são pequenas exchanges, porque as grandes têm muito dinheiro e bons advogados, vão adiando os processos. Acabando apenas por pagar multas.

A Binance já tinha abandonado os EUA há algum tempo, mas voltou a ser condenada num processo contra o SEC. O CZ teve que renunciar ao cargo e declarar culpado e a Binance tem que pagar US$ 4,3 biliões.

A Binance também já foi proibida em vários países europeu e  quando o MICA entrar em vigor, dificilmente poderá operar na União Europeia.

O futuro mais provável da Binance e de muitas outras exchanges, é seguir o mesmo caminho dos casinos e empresas de Forex ilegais, ou seja, irá para Coraçao ou um outro paraíso fiscal e para as pessoas acessarem vão necessitar de uma VPN.

Ao mesmo tempo, os ETFs estão prestes a ser aprovados nos EUA.

Na Suíça, o Santander está a seguir uma tendência na europa, a “sistema tradicional” está a começar a ter disponível bitcoin para os seus clientes, mas apenas para Clientes de Elevado património.

Já os ETFs têm o mesmo público alvo, pessoas com muito património. Na Europa e nos EUA, os produtos com exposição ao BTC desde que sejam destinados a ricos ou empresas são aprovados e as exchanges “cripto”, que se destina ao retalho (ao pequeno e micro investidor), estão a ter muitos problemas com as autorizações.

Uma dúvida fica no ar, o porquê desta descriminação ao retalho?

Será que é para evitar a soberania? Geralmente os clientes de alto perfil, preferem ou são obrigados a ter carteiras custodiais.

Ou será uma espécie de Cantillon, ou seja, primeiro os ricos compram bitcoin, só depois vão dar acesso ao pequeno retalho. Com a entrada em massa do pequeno retalho o preço dispara e os ricos ficam ainda mais ricos.

Não sei qual será a razão, o tempo dirá.