Dia da Liberdade

Há exatamente 50 anos houve uma revolução em Portugal, que derrubou a ditadura, foi o mais longo regime autoritário na Europa Ocidental durante o século XX, foram 48 anos.

Por esse motivo, hoje, dia 25 de Abril, comemora-se o Dia da Liberdade.

A revolução trouxe-nos muitas formas de liberdade:

  • liberdade circulação
  • liberdade de voto
  • liberdade de pensamento
  • liberdade de expressão
  • liberdade de imprensa
  • liberdade religiosa
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Montenegro a ser Costa

António Costa pode ser criticado numa infinidade de situações, mas temos que admitir que ele é muito bom em insinuar, não dizer a verdade mas também não mente. O Costa conseguia transmitir uma mensagem vaga propositadamente, levando os portugueses a acreditar em algo que depois não vai corresponder à verdade. 

Eu detestava isso no Costa, mas tenho que admitir que ele era um génio a fazer isto. Este tipo de política de insinuação, na maioria das vezes é subtil. É tão subtil, que português comum não consegue compreender, apenas os mais atentos ou com mais conhecimentos conseguem diferenciar.

Ontem Montenegro fez o mesmo, durante a campanha eleitoral prometeu uma coisa, mas depois de eleito fez outra.

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Evolução do mercado imobiliário

Como estamos a comemorar os 50 anos do fim da ditadura (1974) e início da democracia, ProData criou várias infográficas muito interessantes:

A infográfica faz a comparação dos números de habitações entre 1970 e 2021. A ideia inicial foi comparar como era Portugal na fase final da Ditadura, com Portugal na atualidade, mas nós podemos fazer uma interpretação diferente, comparar como era no Padrão ouro com o padrão FIAT, 1970 foi o último ano do padrão ouro.

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Investidores à força

No seguimento do anterior post, Larry Fink anda mesmo tagarela…

“Em meados do século uma em cada seis pessoas no mundo terá mais de 65 anos, contra uma em cada 11 em 2019. Este número é revelador do problema que as principais economias enfrentam e que vai agravar os custos dos Governos com as reformas. Para Larry Fink, CEO da maior gestora do mundo, para suportar os sistemas de pensões, os Governos terão que desenvolver os seus mercados de capitais e incluí-los nas soluções para lidar com o problema das reformas.

“Se os meus pais tivessem 1.000 dólares para investir em 1960 e pusessem esse dinheiro no S&P 500, na altura que chegassem à idade da reforma em 1990, os 1.000 dólares estariam avaliados em perto de 20.000 dólares. É mais do dobro do que teriam ganho se tivessem colocado o dinheiro no banco”, explica Larry Fink, na sua carta anual, publicada esta semana.

O CEO da BlackRock, responsável pela gestão de cerca de 10 biliões de dólares em todo o mundo, explica que os pais morreram quando já estavam no final dos seus oitenta anos, mas poderiam viver “confortavelmente” para lá dos 100 anos graças às poupanças que acumularam ao longo da vida. Isto porque em vez de deixarem o dinheiro no banco, investiram ao longo da sua vida no mercado de capitais, o que lhes permitiu rentabilizar as suas poupanças.” – Eco

É muito fácil saber os números da lotaria no dia após o sorteio, o difícil é saber os números vencedores no dia anterior ao sorteio. Agora é muito fácil, passados muitos anos, saber quais foram as empresas que mais valorizaram e as que desvalorizaram.

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Impostos são um ilusão

Uma citação de Nayib Bukele, presidente de El Salvador:

“The real problem is that you pay high taxes only to uphold the illusion that you are funding the government, which you are not.

The government is funded by money printing. Paper backed with paper. A bubble that will inevitably burst.

The situation is even worse than it seems, because if most Americans and the rest of the world were to become aware of this farce, confidence in your currency would be lost, the dollar would fall, and Western civilization with it.”

tradução automática:

“O verdadeiro problema é que pagamos impostos elevados apenas para manter a ilusão de que estamos a financiar o governo, o que não estamos a fazer.

O governo é financiado pela impressão de dinheiro. Papel apoiado em papel. Uma bolha que inevitavelmente estourará.

A situação é ainda pior do que parece, porque se a maioria dos americanos e o resto do mundo tomassem consciência desta farsa, a confiança na sua moeda seria perdida, o dólar cairia e com ele a civilização ocidental.”

Eu não concordo com algumas coisas que o Nayib Bukele faz ou fez, mas tenho que concordar que é um tipo inteligente e com coragem, que gosta de colocar o dedo na ferida. Apesar de ser um político, sai fora desse padrão, o que é óptimo, porque tem um posto de vista diferente dos restantes, leva-nos o questionar os nossos próprios pensamentos.

No caso desta citação, em parte eu concordo, os impostos não são uma ilusão, são uma necessidade dos governos.

Primeiro, a fonte de financiamento dos governos era apenas impostos; depois como era impopular cobrar impostos altos, os políticos começaram a criar dinheiro do nada, a impressão de dinheiro é um imposto oculto. Mais tarde, aumentaram ainda mais os impostos, também não foi suficientes, agora a impressão de dinheiro também já está descontrolada, a situação está a ficar fora de controlo.

Os impostos não são apenas uma ilusão, os estados necessitam deles para se financiar, seria impossível o estado financiar-se exclusivamente da impressão de dinheiro. Se a expansão monetária fosse a única via de financiamento, as pessoas arranjariam maneira para reduzir a exposição à moeda.

O grande problema é que os governos foram aumentando continuamente os impostos, expansão monetária e divida soberana, até que chegou a um nível insuportável para as populações. Os estados são como um toxicodependente, necessitam continuamente e sempre a aumentar a dose. Agora estamos a chegar a uma beco sem saída, as populações não conseguem suportar mais, mas os estados necessitam de mais, o problema é que as 3 fontes de financiamento (impostos, impressão de dinheiro, dívida) estão a ficar esgotadas e a verdade vai submergir, as populações vão perceber como funcionam a impressão de dinheiro, como foram enganadas toda a vida.

Ou os estados arranjam uma nova maneira de se financiar ou todo o sistema vai colapsar.