Impostos são um ilusão

Uma citação de Nayib Bukele, presidente de El Salvador:

“The real problem is that you pay high taxes only to uphold the illusion that you are funding the government, which you are not.

The government is funded by money printing. Paper backed with paper. A bubble that will inevitably burst.

The situation is even worse than it seems, because if most Americans and the rest of the world were to become aware of this farce, confidence in your currency would be lost, the dollar would fall, and Western civilization with it.”

tradução automática:

“O verdadeiro problema é que pagamos impostos elevados apenas para manter a ilusão de que estamos a financiar o governo, o que não estamos a fazer.

O governo é financiado pela impressão de dinheiro. Papel apoiado em papel. Uma bolha que inevitavelmente estourará.

A situação é ainda pior do que parece, porque se a maioria dos americanos e o resto do mundo tomassem consciência desta farsa, a confiança na sua moeda seria perdida, o dólar cairia e com ele a civilização ocidental.”

Eu não concordo com algumas coisas que o Nayib Bukele faz ou fez, mas tenho que concordar que é um tipo inteligente e com coragem, que gosta de colocar o dedo na ferida. Apesar de ser um político, sai fora desse padrão, o que é óptimo, porque tem um posto de vista diferente dos restantes, leva-nos o questionar os nossos próprios pensamentos.

No caso desta citação, em parte eu concordo, os impostos não são uma ilusão, são uma necessidade dos governos.

Primeiro, a fonte de financiamento dos governos era apenas impostos; depois como era impopular cobrar impostos altos, os políticos começaram a criar dinheiro do nada, a impressão de dinheiro é um imposto oculto. Mais tarde, aumentaram ainda mais os impostos, também não foi suficientes, agora a impressão de dinheiro também já está descontrolada, a situação está a ficar fora de controlo.

Os impostos não são apenas uma ilusão, os estados necessitam deles para se financiar, seria impossível o estado financiar-se exclusivamente da impressão de dinheiro. Se a expansão monetária fosse a única via de financiamento, as pessoas arranjariam maneira para reduzir a exposição à moeda.

O grande problema é que os governos foram aumentando continuamente os impostos, expansão monetária e divida soberana, até que chegou a um nível insuportável para as populações. Os estados são como um toxicodependente, necessitam continuamente e sempre a aumentar a dose. Agora estamos a chegar a uma beco sem saída, as populações não conseguem suportar mais, mas os estados necessitam de mais, o problema é que as 3 fontes de financiamento (impostos, impressão de dinheiro, dívida) estão a ficar esgotadas e a verdade vai submergir, as populações vão perceber como funcionam a impressão de dinheiro, como foram enganadas toda a vida.

Ou os estados arranjam uma nova maneira de se financiar ou todo o sistema vai colapsar.

Líder em Burocracia

Uns países são líderes nos comércio digital, outros são líderes nas altas tecnologias, outros na IA e a Europa é líder … a criar legislação, é tão especialista que afugenta ou destrói todas as empresas locais.

Os burocratas europeus estão a destruir as indústrias e a agricultura, estão a ser fundamentalistas ecológicos, não têm a mínima noção das realidades locais, porque sempre viveram no topo do pedestal.

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Raimundo vs Ventura

Eu não gosto da maior parte das ideias e políticas que o do André Ventura que defende, é demasiado populista, chega a defender ideias contraditórias. Nesta campanha eleitoral, até parece o PS a prometer aumentos salarias e de pensões para valores incomportáveis, afastando-se das duas raízes. A maior parte das propostas, são isso mesmo, apenas propostas, porque são impossíveis de implementar, é o populismo no seu esplendor.

Mas tenho que reconhecer, que é muito inteligente, muito bom a comunicar, como político é muito bom, possivelmente o melhor da atualidade. É extremamente hábil nos debates políticos, faz as perguntas certas, mete o dedo na ferida.

Ontem houve outro episódio onde se destacou, no debate político com Paulo Raimundo do PCP(CDU).

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Alegre mas pouco

“Fico triste que, 50 anos depois, estamos a assistir à extrema-direita a crescer, com resultados altos em sondagens e muitos dos jovens a votarem à direita. Temos de reconhecer que algo falhou na pedagogia democrática de todos nós que fizemos o 25 de Abril” – Manuel Alegre

Como o povo diz, quem semeia ventos, colhe tempestades.

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