Direitos de autor

À uns dias postei um post falando do cartaz dos Açores, mas este não é um caso singular, existem uma enorme ignorância das pessoas sobre direitos de autor. O caso mais gritante é os caso de download de músicas e filmes, no início, no tempo do Napster, ainda existia a desculpa do desconhecimento, mas passados estes anos muitas pessoas continuam a fazer download ilegais.

Esse desconhecimento sobre os direitos de autor também está muito presente na Wikipédia e no Commons, são inseridas diariamente milhares de imagem com copyright. Nos primeiros tempos que eu foi eleito sysop (às uns dois anos atrás) eu ainda tinha a paciência de explicar tudo ao novatos, mas passado todos este tempo, cheguei à conclusão que o melhor é ocultar muito informação ao novatos, dizer apenas que o commos só aceitas fotografias feitas por nós e não aceitas imagem de outros sites. Depois com o tempo os novatos, começam a ganhar alguma experiencia, e percebem que existe outras licenças.

Por centenas de vezes tentei explicar o que é o Domínio Público, mas não vale a pena, porque as pessoas fazem confusão entre o Domínio Público e o conhecimento público, ou seja, muitos pensam que ao publicar uma imagem num site estamos a colocar em DP.

Outro ponto, que a maior parte das pessoas desconhece é que, uma imagem só é livre caso o autor indique como tal, os sites que não tenham qualquer informação sobre os copyright, logo seu conteúdo está protegido por direitos de autor.

Um terceiro ponto que demonstra a ignorância dos direitos de autor, os users que colocam imagens no commons desconhecem os critérios da licença na qual acabaram de publicar os seus trabalhos. Não tenho dados concretos, mas a ideia que eu tenho, a maior parte das pessoas desconhecem as diferenças entre DP, Creative Commons e GFDL, publicam os seus trabalhos com a licença x por o vizinho também usa a mesma licença.

No canal do irc #wikipedia-pt , o Giro mostrou um caso caricato, um user que tem dezenas de userbox, mas as que se destacam são duas: uma apoia o Fair-use e a outra é da freedomdefined.org ou seja uma é a favor do fair-use e a outra é contra o fair-use. e eu pergunto, afinal de contas, este senhor é a favor ou não do fair-use ?

ahhh, também não vela a pena perguntar, porque já não vale a pena falar deste assunto, porque nós nunca conseguimos decidir nada, tiveram de ser ordens superiores a decidir que a Wikipédia lusófona nunca poderá ter imagem que violem os direito de autor, sob o pretexto da lei norte-americana (fair-use).

Um dos lemas da campanha a favor, é “para um Wikipédia mais completa”, “mais decorada”. A ideia teórica deles é , com o fair-use nós podemos colocar qualquer imagem, mas não podemos pensar assim, temos que pensar se o fair-use estamos a cometer um crime de violação de direitos de autor e isto vai contra os princípios essenciais da wikipedia, criar um conteúdo livre. Se essa ideia fosse levada para realidade: eu gostava de ser rico, para isso em vez de trabalhar vou assaltar um banco….

Mas o curioso que mesmo depois da Resolução de 23 de Março, ainda existem utilizadores que estão a fazer campanha a favor do fair-use,

…c’est la vie

Nostalgia

Hoje sexta-feira 13, para não desvirtuar o dia foi péssimo, muitos azares, já estou como os espanhóis, “eu não acredito em bruxas mas que elas existem, existem”
Não só foi um dia que correu tudo mal, e ainda tive uma onda nostálgica, ao olhar para dois risco no bloco de papel, fez-me recordar os meus exames nacionais…

… eu acabava os exames nacionais sempre antes do tempo, apenas dava uma pequena leitura para corrigir os erros gramaticais devido à minha dislexia, tinha que colocar inúmeros “s”. Quando eu escrevo muito depressão a minha dislexia revela-se, “como” os “s”, ficando as palavras no singular e os verbos no plural.

Como eu acabava os exames cedo, passava o tempo a desenhar naquelas folhas A4 coloridas que nos eram dadas como folha de rascunho, em cada exame era uma cor diferentes. Quando tiver algum tempo tenho que ir procurar nos meus arquivos para ver como estão estes desenhos. Nessa altura eu estava na fase que eu lhe dei o nome de “Surrealismo Origami”, foi um época de transição passei dos surrealismo normal em 3D para um surrealismo em 2D, e não à melhor para demonstrar as 2D que uma folha de papel. Assim eu transformava em forma e figuras criadas por papel.

O nome surgiu no desenho e geometria descritiva, só deste exame eu desenhei varias páginas que os professores deram para me entreter. Porque não é fácil fazer um exames de 2 horas sem qualquer pausa, e eu acabei o exame em 45 minutos. eu foi mesmo muito rápido, era a disciplina que eu mais gostava e o exame era muito mais fácil que o exercícios que foram feito durante o ano lectivo. Na altura eu já não sabia como estar sentado naquelas cadeiras de madeira, doia-me tudo, e passei o tempo a desenhar.

a descoberta…

Começam a perceber, em dois dias, duas mensagens…

…e fica aqui um agradecimento à PatríciaR, pela paciência e por estar a explicar aos wikipedistas sobre o GOE.


o GOE a rodar… a reverter uma edição no artigo The Bleatles
e coloca o aviso no vândalo.

Imagine all the people
Sharing all the world…
You may say I’m a dreamer
But I’m not the only one
I hope someday you’ll join us
And the world will be as one

in John Lennon

amadores…

O titulo da noticia publicada no correio da manhã diz tudo:

Vencedor do ‘World Press Photo’ ‘pilhado’

resumidamente, o que aconteceu foi, numa festa nos Açores, utilizaram uma fotografia de Henry Agudelo para os cartazes de promoção.

e o mais caricato é a resposta do responsável pela organização:

Quem fez o cartaz foi um jovem que colaborou com a comissão organizadora de forma desinteressada. Não houve má intenção.

Ponto 1:
eu também sou jovem, mas já à muito tempo que eu sei que a utilização de imagem de outros sem a autorização é crime.

Ponto 2:
e os responsáveis pela organização, pelo que dá a entender nesta noticia, já não devem ser assim tão jovens, e não questionam qual a origem da fotografia utilizada no cartaz.

Ponto 3:
Não bastou, utilizarem uma imagem sem autorização, ainda criaram um obra derivada, na foto substituiram o ‘sombrero’ pelo desenho de um tricórnio.

Ponto 4:
Se quiserem violar as leis dos direitos de autores, pelos menos utilizem uma imagem pouco conhecida, porque utilizar imagens vencedores do World Press Photo dá demasiado nas vistas.

Nota: no ponto 4, eu não estou a incentivar as pessoas a violar os direitos de autor mas sim a incentivar a utilização do cérebro.

40 dias

Os primeiros 40 dias do GOE.

  • 3200 edições
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na minha opinião, não está nada mau…