Palavras de um mestre

Palavras sábias do mestre Manuel na esplanada:

Confesso que me calei porque ignoro o que se passa: só gostaria que o António se centrasse no importante: nos artigos do projecto. Quem dá muita importância à esplanada e procedimentos burocráticos acaba por desistir muito rapidamente da Wikipédia. A política Wikipédica é o pior que há para a própria Wikipédia. Se eu desse muita importância a estas politiquices todas também já tinha desistido. Mas se voltarmos a atenção para os artigos em si, como se tivéssemos descoberto a Wikipédia hoje mesmo… isso sim. Dá gosto. E é a única coisa realmente importante. O resto é treta. Esqueci-me de escrever isso ao Pacheco Pereira: nós, lusófonos, somos demasiado políticos! Resultado: fazemos pouco. Eis a razão por que a nossa Wiki não sai da cepa torta…

por isso cada vez menos eu participo na esplanada, sinceramente não serve para nada

… até serve, é talvez o “melhor” meio para cansar os wikipedistas, abrindo uma enorme porta para abandonar a Wikipédia, foi o que aconteceu com a saída do António e com muitos outros.

Isto leva-me a outra questão, se a esplanada acaba-se, será que alguns wikipedistas conseguiriam manter-se na Wikipédia?

Eu cá continuo a preferir é editar o domínio principal mas “respeito” as ideias dos outros wikipedistas que consideram o editar a esplanada, o principal objectivo da Wikipédia.
Eu adoro ser do contra :D, mesmo agora com o tempo muito limitado por motivos profissionais, quem sofre os meus escravos.

Faz hoje uma semana, que entrei em greve, foi a opção mais soft de protesto que eu tive, para demonstrar o meu desagrado pelo caminho que a Wikipédia lusófona está a ir, as questões/problemas/politicas essenciais estão a ficar para trás e as votações sobre sanções e outros assunto supérfluos nascem novos todos os dias. O pessoal não se está a mexer e quando mexe-se é mal…

Em relação à opção de protesto mais hard, não está descartava, mas vamos aguardar…

…para já vou continuar a trabalhar para numa grande novidade para a Wikipédia. muito em breve darei mais informações…

Estou um pouco ausente mas cada vez estou mais omnipresente

PS: se não perceberam alguma coisa, a ideia era mesma essa.

Novo sistema de Taxocaixa

A Wikipédia Lusófona, está em processo de renovação dos sistema da caixa taxonómica. O antigo sistema já estava obsoleto, para cada artigos eram necessárias várias predefinições e principalmente gastava imenso recursos nos servidores da Wikimedia. O novo sistema é igual ao utilizado nas principais wikis (inglesa, espanhola, italiana e outras), utiliza apenas uma predefinição e é muito mais completo cientificamente. um exemplo.

A mudança já tinha sido pensado à mais tempo, mas ficou em águas de bacalhau, neste momento já existem mais de 17 mil artigos com caixa taxonómica, este é o momento certo para fazer essa alteração. Dia a dia o numero de artigos com taxo aumenta, quanto mais cedo for feito as alterações, melhor.

Para ajudar na transição, está a ser desenvolvido o código para o AutoWikiBrowser, é a coisa mais complexa que eu fiz até agora, está a dar umas grandes dores de cabeça, já esgotei o meu stock de aspirinas…

…mas o código cada vez está melhor, o único problema que ainda não foi totalmente corrigido, é um pequeno problema que por vezes acontece nas legendas das imagens. Mas mesmo com o código muito desenvolvido, este processo, não poderá ser totalmente automático, terá de ser feito artigo a artigo, não podemos esquecer que são mais de 17 mil artigos, toda a ajudam é bem-vinda… O AWB dá uma imensa ajuda, nós só temos em alguns casos, fazer pequenos ajuste e depois salvar.

Fantasmas

Foto de Eric Pouhier

Aquele era o tempo
Em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam,
E eu via que o céu me nascia dos dedos
Ea Ursa Maior eram ferros acessos.

Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos, em sonhos gigantes.
E a cidade vazia, da cor do asfalto,
E alguém me pedia que cantasse mais alto

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Aquele era o tempo
Em que as sombras se abriam, em que os homens negavam
O que outros erguiam.
E eu bebia da vida em goles pequenos,
Tropeçava no riso, abraçava venenos.

De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala, nem a falha no muro.
E alguém me gritava, com voz de profeta.
Que o caminho se faz, entre o alvo e a seta.

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado,
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado,
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta,
De que servem as palavras
Se a casa está deserta?

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Quem me leva os meus fantasmas
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?

Música de Pedro Abrunhosa.